25 de dezembro de 2012

Feliz Natal! ou "Como contar a seus filhos a verdade sobre o Papai Noel"

Há alguns anos, neste mesmo dia, minha filha chegou para mim e perguntou:
- Pai, o Papai Noel existe mesmo, de verdade?
Como contar a verdade sem perder a magia no Natal? Na hora, bateu uma inspiração e contei para ela uma história meio verdade, meio inventada ali mesmo, que falava sobre a origem do Natal, a origem do Papai Noel (baseado em São Nicolau) e que, ao final, colocava os pais como herdeiros da tradição criada pelo velhinho que passaria a ser conhecido como "Papai Noel".
Por fim, ela me perguntou se, então, isso queria dizer que eu era o Papai Noel dela, e que o Papai Noel mesmo, aquele velhinho barbudo e barrigudo, não existia.
Foi minha esposa quem respondeu: "A verdade é aquilo em que você acredita".
A história ficou tão boa que foi premiada no concurso do SESC em 2006, e virou um livrinho infantil publicado pela Franco Editora em 2008, com o título "A verdadeira história de Papai Noel".
Assista à história, contada em vídeo pelo próprio autor, no canal infantil da EBC.
Então, se você é pai ou mãe e tem filhos estão nesta "idade crítica", aproveite.
Porque o verdadeiro Espírito de Natal é feito do carinhos dos pais, do sorriso de seus filhos, e do brilho das estrelas refletido no olhar de toda a família.
Um Feliz Natal para todos, com muito carinho, e que o Ano Novo traga a todos não só novos sonhos, mas muitas conquistas..
Porque escrever é, acima de tudo, a arte de colocar emoções no papel.

19 de dezembro de 2012

7 Coisas que aprendi, por Geraldo Lima

Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!

Neste post, com a palavra, Geraldo Lima, escritor habilidoso e amigo fiel.
  1. Que ser escritor é ser também um leitor voraz.
    Parece-me impossível que alguém possa alcançar um nível de excelência na elaboração de textos de ficção sem devorar as grandes obras da literatura universal. E uso o termo devorar no sentido antropofágico: devorar os textos dos grandes autores (começando lá dos gregos até os contemporâneos, na medida do possível) e assimilar a sua força criativa, para encontrar, em seguida, seu próprio caminho, sua própria energia, sua própria alma.

13 de dezembro de 2012

Auto-Publicação - nasce uma nova editora

Um dos maiores desafios com que os autores se deparam é a busca de uma editora que aceite publicar seus livros. Lentidão, burocracia editorial, métodos arcaicos de prestação de contas são fatores que ajudam a sentenciar o livro ao fracasso antes mesmo da publicação.Apostar em um novo autor é algo muito raro vindo de uma editora tradicional. Muitos autores best-sellers também tiveram um início difícil, recebendo infindáveis cartas de recusa, e vários começaram pela auto-publicação como forma de abrir espaço até que se tornaram conhecidos e conseguiram ingressar com sucesso no mercado.
Nesta linha, foi aberta há pouco tempo uma nova editora, a Lura Editorial, e seu editor entrou em contato comigo apresentando sua proposta de trabalho - que lhes apresento a seguir.

Surge no mercado a Lura Editorial, com um novo conceito de editora, inspirada num modelo cada vez mais presente nos Estados Unidos e Europa: a auto-publicação. Ou seja, o próprio autor é quem arca com a publicação do livro.
Como funciona
O objetivo da Lura é dar total suporte para estes novos autores, como também para autores já experientes, para ingressarem profissionalmente no mundo dos livros. A Lura trabalha com um método que veio diversificar a forma como o livro é editado, tratando sua obra como um best-seller desde o início da diagramação. Para facilitar ainda mais este processo, ela oferece pacotes fechados de publicação e divulgação, cada um de acordo com as prioridades do autor.
Você irá escrevendo, irá escrevendo, se aperfeiçoando, progredindo, progredindo aos poucos: um belo dia (se você aguentar o tranco) os outros percebem que existe um grande escritor.”
 Mário de Andrade, escritor modernista, poeta, musicólogo, historiador, crítico de arte, fotógrafo....
O pacote mais completo terá direito à edição profissional, auxílio no marketing (incluindo reuniões online ou pessoal com o autor), propaganda e distribuição do livro impresso e digital. Já o pacote mais compacto poderá ser a opção mais vantajosa para aquele autor que deseja atingir um pequeno nicho, e por isso não queira arcar com muitos custos na publicação.

6 de dezembro de 2012

7 Coisas que aprendi, por Eduardo Pastore

migos!
      Estamos na reta final para a terceira edição do Workshop de Escrita de Ficção promovido pelo Vida de Escritor e pelo Escrita Criativa, e ainda temos algumas vagas.  Visitem o site do evento, saibam mais detalhes, divulguem  e se inscrevam!
     Além disso, estou entrando de férias e retorno só em 2013.  Vou tentar deixar agendados pelo menos dois posts, incluindo um especial de Natal, fiquem de olho.
     E, é claro, obrigado por todo o apoio durante o ano; deixem em seus comentários o que gostariam de ver aqui no Vida de Escritor no ano que vem!
     Vamos, então, ao post de hoje.

Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!

Neste post, com a palavra, Eduardo Pastore, um escritor que se não tem muito tempo de estrada, com certeza compensa isso com uma experiência e uma visão de mercado que dá inveja para muitos escritores veteranos. Assino embaixo de tudo o que ele coloca aqui!

23 de novembro de 2012

III Workshop de Escrita de Ficção - Últimas vagas, aproveite!

A
migos que acompanham o "Vida de Escritor"!
Vocês, mais do que ninguém, sabem como é importante se profissionalizar como escritor, portanto ninguém melhor que vocês para me ajudar a divulgar a terceira edição do workshop de Escrita de Ficção !
Peço então que façam uma forcinha, saiam da “zona de conforto” comum a todo escritor e passem a palavra adiante aos seus amigos e contatos!

Seguem informações sobre o evento, e fico à disposição para quaisquer esclarecimentos.
Desde já agradeço pela força!

III Workshop de Escrita de Ficção
O workshop abrange teoria e exercícios práticos para produção de romances, ajudando o escritor a organizar seu trabalho desde a estruturação inicial da ideia, conhecida como premissa estruturada, passando pela produção das cenas e o seu refinamento, até a conclusão da obra. Assim, são discutidos e exercitados aspectos ligados ao arco da trama, aos pontos de virada, à estrutura da cena, à construção de personagens consistentes e que falam à alma do leitor etc, tudo isso dentro de técnicas que orientam o trabalho do escritor e ajudam a evitar erros comuns como pontas soltas na trama, personagens inconsistentes e finais sem uma ligação natural com a estrutura da estória; além de ajudarem a evitar o temível “bloqueio de escritor.
Data: De 14 a 16 de dezembro,
Loca: CCB, 601 Norte, Brasília
Investimento:  R$ 765,00, pagamento em até 10 vezes, veja detalhes e alternativas no site
Informações, depoimentos de participantes e inscrições: http://workshop.escritacriativa.net

Seguem uma release mais completa e outras informações sobre o evento.

 III Workshop de Escrita de Ficção
Ocorrerá em dezembro a terceira edição do Workshop de Escrita de Ficção, evento conduzido por Alexandre Lobão e Oswaldo Pullen que traz palestras e oficinas com técnicas utilizadas pelos principais escritores de sucesso nos EUA e na Europa.
Esta é uma oportunidade única para os autores que desejam aprender os recursos que Dan Brown, Sieg Larsson e J.K.Rowling utilizam tão bem e que resultam em livros que, simplesmente, o leitor não consegue parar de ler. Incrivelmente estas técnicas são pouco conhecidas na América Latina, onde encontramos faculdades para a formação de críticos literários, mas não de escritores. Nos Estados Unidos e Europa, universidades vêm aperfeiçoando seus cursos para escritores há mais de cinquenta anos, gerando um conjunto de técnicas que qualquer autor comprometido com a qualidade de seu trabalho não pode ignorar.
O uso destas técnicas (consolidadas no exterior sob o nome de storytelling, ou a arte de contar) se reflete em obras bem estruturadas, coesas e altamente instigantes, que cativam o leitor e se tornam grandes sucessos de venda. Basta dizer que enquanto a CBL considera que uma obra de autor nacional que venda 20.000 exemplares pode ser considerada um sucesso de vendas, outras, de autores estrangeiros, como “O Código da Vinci” chegam a centenas de milhares e até a milhões de exemplares no país.
O workshop abrange a teoria e exercícios práticos destas técnicas, ajudando o escritor a organizar seu trabalho desde a estruturação inicial da ideia que dará origem ao livro, conhecida como premissa, indo passo a passo até a produção das cenas e o seu refinamento.
Esta forma de trabalho evita os erros comuns como pontas soltas na trama, personagens inconsistentes, além dos finais arranjados e sem uma ligação natural com a estrutura da estória, além de evitar o temível “bloqueio de escritor”.
Assim aspectos ligados ao arco da trama, aos pontos de virada, à estrutura da cena e outros são discutidos e exercitados ao longo do seminário, que também conduz os participantes à construção de personagens consistentes e que falem à alma do leitor.
Como resultado, temos um evento que ultrapassa as expectativas dos participantes - veja depoimentos em http://workshop.escritacriativa.net. Vagas limitadas – inscreva-se já!

Textos para o Twitter:
• O 1o e o 2º foram um sucesso. Veja depoimentos e detalhes, e inscreva-se no III Workshop de Escrita de Ficção em http://bit.ly/Escrita
• Quer aprender a escrever como os profissionais? Inscreva-se já no III Workshop de Escrita de Ficção em http://bit.ly/Escrita !
• Descubra os segredos dos autores de best-sellers internacionais! III Workshop de Escrita de Ficção, inscrições abertas em http://bit.ly/Escrita
• Já pegou aquele livro que você não consegue largar? Quer aprender as técnicas do autor? III Workshop de Escrita de Ficção - http://bit.ly/Escrita
• Conheça as técnicas p/ aperfeiçoar sua arte de Escrever. Inscreva-se! III Workshop de Escrita de Ficção http://bit.ly/Escrita #Literatura

Perguntas Frequentes
O que é o III Workshop de Escrita de Ficção?
 É um seminário voltado para os interessados em escrever ficção. Isto envolve aqueles escritores que querem trabalhar com romances, contos, além de roteiristas, pois o nosso trabalho lida com o que os americanos chamam de storytelling e que em português a gente poderia traduzir como a arte de contar estórias.
E qual é o seu conteúdo?
O que nós ensinamos e fazemos os praticantes exercitar são as técnicas de estruturação da trama, da construção de cenas e suas partes, desenvolvimento de personagens e os artifícios para prender a atenção dos leitores. O workshop apresenta técnicas para estruturar o trabalho do escritor desde a ideia inicial até o planejamento das cenas, dos pontos de virada e do clímax da estória, oferecendo uma organização que orienta seu trabalho e evita os temíveis “bloqueios de escritor”.
O que é que acontece durante o workshop?
Nós acreditamos que somente a prática pode levar ao aprendizado e é este o enfoque didático que damos ao treinamento. Assim, o peso das oficinas equivale ao das palestras, e todos os tópicos abordados são objeto de exercícios individuais ou em grupo.
Por que é que vocês resolveram ministrar este workshop?
Os escritores latinos em geral têm sua capacidade literária mais desenvolvida do que seu lado técnico, aquele voltado para o storytelling. Isto não é nenhuma característica diferenciada de nossa parte, mas sim porque as universidades e as academias no Brasil estão muito mais voltadas para o aspecto literário do que para a eficiência do contar.
O que é que ele tem de diferente em relação aos outros workshops?
Como dissemos, a não ser quando ministrado por raros professores visitantes, os workshops realizados no Brasil não envolvem as técnicas de escrita de ficção, sendo muito mais voltados para o lado da estética da escrita, ou seja, seu lado literário. Focam em detalhes do texto ao invés de prover uma visão mais ampla sobre a trama e o seu desenvolvimento.
Qual é a vantagem de escrever um livro de forma planejada?
Para iniciar, é o ganho de tempo. O livro se inicia já com o seu destino conhecido. Isto evita as idas e vindas de um livro escrito sem o planejamento, assim como pontas soltas na trama, imprecisão no arco dos personagens, e finais inconsistentes.
Será que escrever assim não perde a graça?
Quem tem que ter a surpresa é o leitor. O escritor deve manter o controle da estória, planejando o que vai mostrar e até onde vai esconder suas armas. Planejar e desenvolver de forma calculada as cenas e os personagens de uma trama são objeto de um grande prazer para os autores.
Onde e quando será? Como consigo mais informações?
O III Workshop de Escrita de Ficção acontecerá no CCB, Centro Cultural de Brasília, de 14 a 16 de dezembro, e será coordenado pelos escritores Alexandre Lobão e Oswaldo Pullen. Mais informações e inscrições no site do evento: HTTP://Workshop.EscritaCriativa.Net

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16 de novembro de 2012

7 Coisas que aprendi - Edson Gomes

7 coisas que aprendi
Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!

Neste post, com a palavra, Edson Gomes, escritor e jornalista carioca.
  1. Decida o que vai escrever. Qual é o assunto? É um conto, crônica, romance ou poesia? Um escritor com dúvidas é a pior coisa que existe. Sem elas já são complicados fazê-los. Veja qual é o assunto, que mais gosta e se informe sobre ele com uma pesquisa.
  2. Leia bastante. Se for para escrever ficção, procure alguns livros que possam te da uma luz neste gênero. Eu aprendi muito com os livros de Syd Field (Roteiro), Doc Comparato (Da Criação ao Roteiro), Christopher Vogler (A Jornada do Escritor) e muitos outros. Apesar dos dois primeiros serem para cinema e tevê, eles têm a base da criação de histórias. Nicholas Spark já disse em seu blog, que Syd Field foi uma das leituras que o ajudou a compor os enredos de seus livros. Se em sua cidade tiver cursos de criação literária, não hesite, mergulhe e se especialize. Conseguir entrar em uma editora é igual prova para concurso público, se não estudar, não entra.
  3. Conheça o final de sua história. Eu fui um dos alunos de Doc Comparato (autor de vários seriados da Globo nos anos 80, como Malu Mulher) na CAL no Rio de Janeiro, ele disse que eu precisava saber o final de minha história, para que eu tivesse uma meta e não me desviar. Disse também, que se eu conseguisse escrever o inicio, o meio e o fim de minha história em 6 linhas, eu poderia escrever qualquer enredo de várias páginas. Tenho usado este método e tem dado certo até hoje.
  4. Arranje um tempo e escreva direto. Tire um tempo para fazer sua obra. Comece com uma hora por dia. Depois aumente mais uma hora e escreva. Não se preocupe com vírgulas, ou verbos que não encaixaram legal. Escreva até terminar. Depois retorne e corrija tudo com calma.
  5. Faça os diálogos conforme o tipo de personagem que criou. Eu fiz muitos cursos de roteiro e uma coisa que aprendi com Tiago Santiago (autor de Amor e Revloução no SBT e muitas outras novelas): Para se escrever um bom diálogo... Abra os ouvidos e vai para a rua escutar as pessoas falando. Como elas dão entonação a cada assunto dito. Como elas falam ao telefone. Quais são as pausas e sotaques e assim por diante. Seu personagem será muito mais verdadeiro e te poupará fazer longas descrições sobre como é a personalidade do mesmo.
  6.  Escreva com emoção, com paixão. Tente fazer uma história, que emocione o seu leitor. Faça-o rir, chorar e torcer pelo seu personagem. Um dia uma pessoa, que leu um dos meus livros me disse que perdeu o ponto de ônibus, onde tinha que descer. Teve que andar três quarteirões por causa de meu livro. Fiquei muito feliz com isso.
  7. Reescreva seu texto. Faça isso, quantas vezes forem necessárias até chegar ao ponto de muito bom. Reestruture cenas, complemente diálogos e corte aquilo que não tem nada a ver com o seu enredo, sem dó e sem piedade. Não acredite que seu texto fique bom de prima. Eu escrevi este meu último romance em 8 meses e o "lapidei" em 11 meses. O que eu ganhei com isso? Em 15 dias recebi a confirmação da editora e o elogio do editor. Seja exigente consigo mesmo. Desafie a si mesmo a fazer o melhor sempre!
Sobre o autor:
Edson é carioca, jornalista e nasceu no dia 25 de março 1966 no bairro Imperial de São Cristóvão. Sua infância foi toda na zona norte da cidade.
Ele começou a escrever aos 11 anos, influenciado por dois livros: A Ilha Perdida de Maria José Dupré e A Volta ao Mundo em 80 Dias de Julio Verne. Se tornou um escritor profissional em 1995 com o conto Papo 750, uma conversa de duas mulheres no coletivo lotado. Edson publicou em várias antologias e anuários literários nos anos seguintes.
Em 1999 ele lançou o seu primeiro livro solo, na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, intitulado Yin & Yang - A Batalha do Opostos. Deu um tempo estratégico para se formar em jornalismo e retornou com outro romance chamado O Último Lampejo do Crepúsculo - Uma Viajem ao Subconsciente em 2009. Em 2012 está sendo lançando Psíquico - Muito Além da Justiça dos Homens pela Editora Dracaena, seu terceiro romance.
Ele gosta muito de música, que inclui MPB, rock nacional e internacional. Sobre os livros, ele gosta de suspense, sobrenatural, políciais e os de técnicas de escrita ficcional. Os livros que mais marcaram a trajetória dele na literatura foram O Chacal de Frederick Forsyth, O Poderoso Chefão de Mário Puzo, O Grande Gatsby de Francis Scott Fitzerald e o Reverso da Medalha de Sidney Sheldon. Este último autor, Edson leu quase todas as obras..

* Projeto inspirado pela coluna “7 Things I’ve Learned So Far”, da revista Writer’s Digest.
Veja a opinião de outros autores no  Vida de Escritor e no Escriba Encapuzado.

Ah, e não esqueçam: até o dia 20 de novembro, as inscrições no III Workshop de Escrita de Ficção, organizado pelo Vida de Escritor e pelo Escrita Criativa, tem desconto de 10%!  Aproveitem!

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9 de novembro de 2012

Por que os escritores escrevem? (ou "qual é a recompensa do escritor?")

Pergunte a dez escritores porque eles escrevem, e muito provavelmente você ouvirá dez respostas diferentes.
Não vou entrar no mérito de todas as respostas, mas não posso deixar de falar sobre a pior delas: "para ganhar dinheiro". Curiosamente, conheço  muitos escritores e nunca ouvi esta resposta de um escritor que já tenha realmente ganhado algum dinheiro com seus livros...
Vou confessar o que me move ao fim deste post, mas antes gostaria de falar sobre as recompensas.
Até porque, se o objetivo é o que faz com que você comece a escrever, as recompensas é que o mantém motivado.
Se eu precisar escolher os três momentos mais emocionantes, mais recompensadores da minha carreira como escritor, eles seriam:
1. Em 2000, o momento em que tive meu primeiro livro em mãos.  Sempre costumo dizer que este é um momento mágico para um escritor, quando ele percebe que é um escritor de verdade.
“Uns escrevem para salvar a humanidade ou incitar lutas de classes, outros para se perpetuar nos manuais de literatura ou conquistar posições e honrarias.  Os melhores são os que escrevem pelo prazer de escrever"
Lêdo Ivo
2. Em 2008, a tarde de autógrafos de "O Nome da Águia" na Bienal de SP, quando o pai de um adolescente disse-me que seu filho praticamente o obrigou a dirigir quase 300 quilômtros para que ele pudesse conseguir meu autógrafo no livro que havia adorado.

1 de novembro de 2012

A Coisa mais Importante (para um Escritor) - Parte 2

If you can't read Portuguese, check out Wendy Lawton's original post here: The most important thing.

E
stamos de volta com a segunda parte do post "A coisa mais importante (para um escritor)", com os comentários da agente literária americana Wendy Lawton.
O artigo original pode ser consultado em http://www.booksandsuch.biz/blog/the-most-important-thing, e foi traduzido com a autorização da autora.  Se você lê inglês, sugiro que leia os comentários do post original, que completam o artigo maravilhosamente.
Com vocês, "A Coisa Mais Importante" segundo Wendy Lawton!

Estou de voltaaaa!  
Primeiro deixem-me dizer que, se vocês querem sabedoria de verdade, leiam os comentários abaixo (do artigo original e daqui). Faça uma lista a partir destes comentários e então você terá um plano sólido para o sucesso. Especialmente todos aqueles que lembraram do elemento invisível – a parte divina do que fazemos. Recentemente cheguei à conclusão que não há coisa mais verdadeira que isso.
Também há aqueles de vocês que falaram sobre perseverança e flexibilidade. Beth Szabo sumarizou lindamente este ponto: “Tenha uma pele grossa, não desista de seu sonho, aprenda as regras, então aprenda como quebrá-las para apresentar uma voz inovadora, seja flexível sem abandonar o que você é”.  
Depois de ler todas suas sábias e maravilhosas opiniões, eu sinto que a minha é muito prosaica, muito focada no mercado. Eu gostaria de dar todo tipo de desculpas mas vou evitar isso porque minha opinião não é menos verdadeira.  
Aqui está o que eu observei como a coisa que diferencia aqueles que são super bem sucedidos: Estes escritores forjaram um espaço único para eles na indústria. Eles dominam seu espaço e ninguém faz melhor o que eles fazem.
Os escritores mais bem sucedidos são aqueles que conseguiram forjar um espaço único para si na indústria literária"
Wendy Lawton, escritora e agente literária
 Para não-ficção, são as pessoas que se tornaram “a voz de [qualquer coisa]” ou “quem consultar a respeito de [qualquer coisa]”.
Para ficção são aqueles com uma combinação única de voz e assunto ou época ou categoria.  
É difícil de explicar mas eu com certeza identifico isso. Estes são escritores que nunca falharam em dar aos seus leitores o livro que eles querem. Estes são os escritores que fizeram crescer a sua base de leitores a cada livro lançado por conta da excitação promovida no boca-a-boca por estes leitores.  
Analisando meus clientes mais bem sucedidos (e estes são apenas poucos de um grupo maior), cada um tem seu próprio nicho. Lauraine Snelling domina o espaço de inspiradoras sagas de família de imigrantes Escandinavos.  Julie Klassen domina sagas de famílias reais. Debbie Macomber tem sua narca registrada em ficção emotiva para mulheres. Ann Gabhart domina um subconjunto de ficção Amish (Shaker) enquanto Judy Miller domina um outro (Amana).  Jill Eileen Smith  ressuscitou a ficção Bíblica na CBA (a associação americana que gerencia vendas no varejo de produtos católicos) e continua a ganhar leitores. Seus leitores os amam e sabem exatamente que tipo de leitura esperar deles.
Na área de não-ficção Pam Stenzel é a referência obrigatória em se tratando de problemas de adolescentes e aquela que sempre é chamada para programas de entrevistas quando o assunto surge.  

O que isso significa para quem já publicou um livro?
Se você ainda está na fase exploratória, não apresse as coisas, mas entenda que para ter sucesso você eventualmente vai ter que escolher sua área predileta, por assim dizer. Não há como escrever para diversos públicos e construir o tipo de base de leitores que vai levá-lo até o topo.

Sobre a autora: Wendy Lawton é uma agente na muito respeitada agência literária Books & Such. Ela representa alguns dos melhores escritores da indústria americana, incluíndo vários autores líderes em vendas. Wendy saboreia todos os aspectos de seu trabalho - especialmente ajudar os clientes dela a desenvolverem suas ideias e planejar suas carreiras. Ela ajudou a organizar várias grandes conferências para escritores, venceu a famosa competição Bulwer-Lytton e é autora de treze livros.

E quanto à minha opinião?
Este artigo, para mim, foi um dos mais esclarecedores dos últimos tempos. Não que Wendy tenha falado alguma coisa que eu já não soubesse, mas explicitar o assunto, e ainda mais, considerá-lo "a coisa mais importante" fez com que eu realmente revisasse toda minha carreira até agora. 
Digo isso pois senti-me totalmente enquadrado na "fase exploratória" que ela menciona: após publicar meu primeiro livro (de contos), escrevi cinco livros sobre programação de jogos para o mercado americano (o último foi traduzido para o português), depois retornei ao mercado brasileiro e publiquei um livro infantil, um infanto-juvenil e o thriller de ação com alta pesquisa histórica "O Nome da Águia". Nesta brincadeira de escrever para públicos diferentes, ficou bem claro para mim que não consegui criar um público leitor tão grande eu gostaria.
Um exemplo bem claro de autor nacional que criou um nicho para si é o André Vianco, que escreve histórias de terror e suspense, tendo vários livros com vampiros. Reforçando as palavras da Wendy, os livros do André que vendem mais são justamente os que têm vampiros, pois "entregam ao leitor o que ele espera".
Obviamente, por enquanto há muito mais "nichos" no mercado americano - basta ver pelos exemplos da Wendy, que incluem autores que fazem sucesso escrevendo ficção sobre um subgrupo específico dos Amish (um braço tradicionalista cristão nos Estados Unidos).
Mas isso não invalida o ponto: estabelecer-se em seu nicho ainda é um fator crucial de sucesso também no mercado brasileiro.

E você, já sabe qual seu nicho? Concorda com a opinião da Wendy?

Em tempo:  O site Submarino está com uma hiper-oferta de "O Nome da Águia", o livro está por um terço do preço, estou chocado!

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24 de outubro de 2012

A Coisa mais Importante (para um Escritor)

If you can't read Portuguese, check out Wendy Lawton's original post here: The most important thing.

N este post trazemos a participação muito especial de Wendy Lawton, agente literária norte-americana, com um artigo que achei particularmente útil e instrutivo.
O artigo original pode ser consultado em http://www.booksandsuch.biz/blog/the-most-important-thing, e foi traduzido com a autorização da autora.  Se você lê inglês, sugiro que leia os comentários do post original, que completam o artigo maravilhosamente.

Nós frequentemente falamos sobre todos os elementos necessários para um autor (a) conseguir um agente (b) conseguir um contrato (c) encontrar seus leitores e (d) construir uma carreira de sucesso. Sua cabeça de leitor de blog deve estar transbordando com todos estes conselhos valiosos.

Hoje eu me atribuí a tarefa de reunir tudo isso em apenas uma coisa. É como aquele desafio da ilha deserta. Você sabe, “Se você fosse ficar em uma ilha deserta e pudesse levar apenas uma coisa...”.

Há um grande número de possibilidades. Por exemplo, uma grande proposta editorial (query). Uma grande proposta editorial pode capturar a atenção de um agente e colocar a bola para rolar. Além disso, sua proposta dá uma visão geral de seu livro de forma bem resumida, diz quem você é, quem sua audiência provavelmente será e demonstra a qualidade de sua escrita. Isto é muito para colocar em uma única página. Por fim, sua proposta mostra a quem interessa quão bem pensado seu livro de prosa (não-ficção), ou quão criativo seu romance (ficção), deve ser.

Apesar de uma grande proposta realmente ser muito importante, não é isso.

E que tal suas capacidades? Sua habilidade de escrever é essencial e se você vai um passo além dos outros e escreve livros de tirar o fôlego, isto é uma grande diferença. Escrita que encanta vai sobrepujar uma proposta ruim, uma plataforma fraca, obscuridade e quaisquer outros obstáculos.

Apesar de uma escrita incrível realmente ser muito importante, não é isso.

Falando sobre plataforma, poderia esta ser a coisa mais importante?
Nós ouvimos o chamado por uma plataforma vigorosa, especialmente em não-ficção, ad nauseum. Quero dizer, se você tem 30.000 seguidores no Twitter e visitas ao seu blog que chegam a seis dígitos por ano, isso não seria uma garantia de sucesso? Não necessariamente.

Apesar de uma plataforma impressionante ser realmente muito importante, não é isso.

11 de outubro de 2012

7 Coisas que Aprendi, por Roberto Klotz

Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!

Neste post, com a palavra, o escritor convidado Roberto Klotz que escreveu as dicas "antes de olhar o que já havia no site para não ser influenciado". Segundo ele, o exercício foi difícil, mas o resultado gratificante.  Confiram!

3 de outubro de 2012

Workshop de Escrita de Ficção do Vida de Escritor, 7 Coisas e Revistas nas bancas


Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!

Nesta semana, no Escriba Encapuzado, a escritora paulista Fernanda de Aragão conta quais são as sete coisas que aprendeu, dando lições de sabedoria e de humildade que todo escritor deve sempre ter em mente.  Aproveitem!

Antes de falar da mais nova edição do Workshop de Escrita de Ficção que o Vida de Escritor está promovendo com o EscritaCriativa.Net, um recado rápido: Este mês temos duas revistas nas bancas com artigos de minha autoria: na Conhecimento Prático - Literatura falo sobre o conflito das gerações X, Y e Z e como isso afeta a literatura e os escritores; e na Conhecimento Prático - Língua Portuguesa falo sobre o que é e como fazer a leitura crítica de um texto. Corram enquanto elas ainda estão à venda!

E, finalmente, falemos sobre o
III WEF - Workshop de Escrita de Ficção
O WEF é um seminário voltado para escritores e roteiristas, apresentando técnicas bastante objetivas que vão desde a organização inicial de sua ideia até a revisão final do texto, passando por técnicas para estruturação da trama, construção de cenas e suas partes, desenvolvimento de personagens e artifícios para prender a atenção dos leitores, apresentando uma organização que orienta seu trabalho e evita os temíveis “bloqueios de escritor”.
Vamos apresentar e exercitar técnicas utilizadas por autores de sucesso, tais como J.K. Rowling, Dan Brown, Stieg Larsson, James Patterson e outros, que criaram bestsellers e venderam milhões de exemplares. Apesar de praticamente desconhecidas no Brasil, estas técnicas são utilizadas pelos escritores dos EUA e da Inglaterra há décadas, em cursos universitários para formação de escritores - coisa que, infelizmente, ainda não está estabelecida no Brasil.

Como acontece o III WEF: Nós acreditamos que somente a prática pode levar ao aprendizado e é este o enfoque didático que damos ao treinamento. Assim, o peso das oficinas equivale ao das palestras, e todos os tópicos abordados são objeto de exercícios individuais ou em grupo.

O que o III WEF tem de diferente: Os escritores latinos em geral têm sua capacidade literária mais desenvolvida do que seu lado técnico. Isto não é nenhuma característica diferenciada de nossa parte, mas sim porque as universidades e as academias no Brasil estão muito mais voltadas para o aspecto literário do que para a eficiência do contar. A não ser quando ministrado por raros professores visitantes, os workshops realizados no Brasil não envolvem as técnicas de escrita de ficção, sendo muito mais voltados para o lado da estética da escrita, ou seja, seu lado literário. Foca em detalhes do texto ao invés de prover uma visão mais ampla sobre a trama e o seu desenvolvimento.

Assuntos Abordados: O que é a cena. Mostrar versus contar. Cena, trama e estrutura. Desenvolvimento de Personagens. Criando um personagem. Curva do personagem. Premissa estruturada. Desenvolvendo a trama. Conflito e suspense. Técnicas de framingcliff-hanger e de jump-cut. Como lidar com os bloqueios criativos. Técnicas de encadeamento. Linhas dramáticas.

Público Alvo: Escritores e Roteiristas iniciantes ou em qualquer ponto da carreira que queiram dominar as técnicas narrativas de ficção utilizadas por autores de renome internacional.

Pré-requisitos: Não é requerida nenhuma experiência anterior como escritor ou roteirista.

Data de Realização: 7 a 9 de dezembro de 2012. O evento se inicia no dia 7, sexta-feira, às 9:00 e se encerra no domingo, dia 9, às 18 horas.

Clique aqui para mais informações e inscrever-se - Vagas limitadas! 

27 de setembro de 2012

10 erros comuns ao entrar em contato com um agente literário

If you can't read Portuguese, check out Rachelle Gardner's original post at http://www.rachellegardner.com/2012/07/query-mistakes/.

N
este post, trazemos a vocês alguns comentários de Rachelle Gardner, agente literária que atua nos Estados Unidos, dando algumas dicas sobre erros que escritores comumente cometem ao entrar em contato com um agente literário, e que podem ser resolvidos com um pouquinho de atenção.
Embora estas dicas sejam voltadas para aquele mercado, elas são igualmente valiosas no mercado brasileiro, tanto na procura de agentes literários quanto na procura de editoras.
O artigo original pode ser consultado em http://www.rachellegardner.com/2012/07/query-mistakes/, e foi traduzido com a autorização da autora.

Conforme avanço pela inundação diária de propostas de livros, é comum eu perceber quantas vezes vejo os mesmos erros, repetidamente. A maior parte deles não são grandes erros, mas quando um agente literário os vê repetidamente, eles se tornam mais perceptíveis. Então eu acabei montando uma lista dos problemas mais comuns nestas propostas.
Nenhum destes erros é fatal por si só. Não há nada nesta lista que me faz automaticamente rejeitar alguém. (Outros agentes podem ter outras abordagens.)
Mas cada erro tem o potencial de fazer você soar um pouquinho menos profissional, um pouquinho menos experiente, um pouquinho menos sério. Eles podem fazer parecer que você não presta atenção aos detalhes. De maneira geral, vale a pena você cometer o mínimo de erros possível.

Por favor preste atenção: Não estou falando sobre qualidade ou capacidade de vendas de seu livro aqui. A melhor forma de você criar uma proposta de sucesso é escrever um livro incrível, e mostrar isso em sua proposta. Suas rejeições mais provavelmente NÃO serão resultado de erros que estão nesta lista, mas sim serão baseadas na inadequação de seu livro para aquele agente específico (por razões variadas). Neste post, estou falando apenas sobre a mecânica da proposta editorial (query letter) em si.

21 de setembro de 2012

7 Coisas que aprendi - Lica Moreira


Caros colegas escritores e curiosos, esta semana temos mais um post da série "7 coisas que aprendi", uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, com posts em que T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!

Nesta semana trazemos as "7 coisas" da Lica Moreira, que se diz iniciante mas traz grandes insights, que mesmo escritores experientes vão achar úteis. Curtam, comentem, entrem em contato com ela, e semana que vem retornamos, se tudo der certo, com um post da agente literária americana Rachelle Gardner!

Com a palavra, a escritora convidada Lica Moreira.

14 de setembro de 2012

Dúvidas de Escritores: Mais respostas para dúvidas comuns

Q
uanto mais eu rezo, mas me aparecem fantasmas.

A frase, que acho engraçadíssima, veio-me à mente logo depois de publicar o segundo post da série de respostas para dúvidas comuns de escritores. Tudo começou quando, buscando facilitar a vida de diversos colegas que me escrevem, resolvi reunir diversas questões comuns em um post (este aqui). Além da resposta positiva, com um grande número de acessos, fui premiado com diversas outras perguntas que me levaram a criar um segundo post para a série; e as dúvidas registradas nos comentários deste segundo post levaram-me ao terceiro, este que vocês leem agora.  Sou só eu, ou vocês também estão percebendo um certo padrão?

Bem, neste post iremos responder às questões colocadas pelos colegas escritores Lucas LucianoDiogo e uma questão da Natalia, colocada já há algum tempo no post sobre cliffhangers e jumpcuts, e que até agora tinha ficado sem resposta.

Vamos, então, às questões.  E que venham mais perguntas! :)
Questão: É antiético mandar um original para mais de uma editora ao mesmo tempo? O mais certo é mandar de uma a uma, caso a anterior não aceite?
Resposta: Quando comecei a escrever, eu acreditava que realmente deveria enviar meus originais para uma editora de cada vez.  Além de ser o que parece fazer sentido, algumas editoras sugerem que você faça isso. No entanto, considerando que as editoras demoram meses para responder, e que muitas nem se dão ao trabalho de dar uma resposta quando recusam o original, hoje acredito que não há problema algum em enviar seu livro simultaneamente às editoras que, segundo sua pesquisa preliminar, podem se interessar em publicá-lo. Estatisticamente falando, é praticamente impossível que duas editoras resolvam aceitar seu livro exatamente na mesma data; então basta ter o cuidado de, recebendo uma resposta positiva, ligar para as demais editoras, agradecer e indicar que não deseja mais que avaliem seu original. Sem stress.
Um homem deve ser julgado mais pelas suas perguntas que pelas suas respostas"
Voltaire, escritor, ensaísta e iluminista francês
Questão: Qual é o momento certo para conversar com uma editora? Quando tiver o livro completamente pronto?

5 de setembro de 2012

2 x 7 coisas que aprendi - e notícias imperdíveis!

A
ntes de entrarmos neste post, gostaria de divulgar alguns artigos bem interessantes:
  • A jornalista Júlia Marques, do site Para Ler, realizou diversas entrevistas com escritores que participam e são jurados de concursos (incluindo a mim) e o resultado é uma excelente série de artigos sobre concursos literários. Como perguntas sobre concursos são recorrentes aqui no blog, recomendo fortemente a leitura desta série, que já conta com dois artigos: Atrás dos Pseudônimos e Gêneros Diversos.
  • Outro artigo imperdível é o que a entrevista do guru do mundo literário Brasil-Estados Unidos-Inglaterra James McSill para o site Brit Writers, James McSill talks of opportunities. Essencial para quem quer começar a entender melhor a dinâmica dos mercados anglo-saxão e brasileiro!
  • Também vale ler a reportagem do Correio Braziliense sobre clubes de leitura reais e virtuais, e como os escritores estão usando a internet para ganhar leitores - para a qual também fui entrevistado.
  • Por fim, mas importantíssimo: Consultem o site do Programa Petrobrás Cultural, que reserva uma boa verba para produção literária. Já pensou, ganhar dinheiro para fazer o que você gosta, e que faria mesmo sem este apoio?
Ok, já foi o bastante. Vamos ao post de hoje!

Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!

Nesta semana temos uma publicação dupla: no Escriba Encapuzado a poetisa Beatriz Vieira conta quais são as sete coisas que aprendeu, mostrando que é possível ser belamente subjetivo em seus escritos e profissionalmente objetivo em seu trabalho como escritor ao mesmo tempo; enquanto aqui no Vida de Escritor a (auto-definida) escritora em formação Ananda Santos compartilha suas sete coisas conosco, mostrando que mesmo quem está começando tem muito a contribuir.
Curtam, comentem, e semana que vem retornamos com mais infomações!
Com a palavra, a escritora convidada Ananda Santos.

31 de agosto de 2012

Dúvidas comuns de quem está começando a escrever

este post iremos responder a diversas questões colocadas em um comentário pelo colega fun, que acompanha o Vida de Escritor, neste post anterior com uma coletânea de perguntas e respostas. Obrigado pelas perguntas, "fun", e fique à vontade para continuar perguntando!
Ainda estão na fila - não me esqueci! - outras questões colocadas nos comentários pelos colegas escritores Pedro Pinto, sobre histórias character-centric (estrutura de trama com foco no personagem ao invés de na trama) e sugestão de bibliografia, e Natalia, sobre cliffhangers e jumpcuts.

Vamos, então, às perguntas de "fun":
Questão: Quando for enviar meu livro para um editora, devo enviar apenas um resumo ou o livro inteiro?
Resposta: Depende da editora. Antes de mais nada, você precisa escolher a editora: pesquise nas livrarias e internet se ela publica livros no gênero que você quer enviar.  Após esta seleção, visite o site da editora e procure pela seção para autores que explica como enviar seu original.  Na remota possibilidade da editora não ter esta informação no site, entre em contato com ela para descobrir como ela espera o livro.  Há desde editoras que pedem que você envie um resumo do livro via formulário no site, até aquelas que simplesmente dizem que não avaliam originais, passando por aquelas que esperam o livro em papel, "à moda antiga".
A regra de outro é essa: Informe-se, pois os originais que chegam em formato não esperado são simplesmente descartados.
O background de um personagem é o somatório de todas as suas experiências anteriores, aquelas não aparecem no livro mas que direcionam suas ações"
Questão: Caso a editora aceite publicar meu livro, precisarei pagar algo? E se sim, quanto?
Resposta: De novo, depende.  Quando uma editora quer publicar seu livro, digamos, "de verdade", você não paga nada, apenas assina um contrato e pode eventualmente (embora seja raro no Brasil) receber algum valor a título de adiantamento dos royalties já neste momento. Você vai encontrar editoras que dizem que avaliaram seu livro e querem te cobrar pela publicação: muito cuidado neste caso, pois há editoras que tem linhas para "novos autores" pagas pelos próprios autores que funcionam muito bem, e outras que são meras gráficas que não vão realizar o trabalho de distribuição para as livrarias adequadamente. Neste caso, sempre pesquise as obras já publicadas pela editora.

Questão: Quanto, mais ou menos, um livro pode render?

24 de agosto de 2012

7 Coisas que Aprendi, por Natália Oliveira

7 coisas que aprendi Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!

A escritora convidada desta vez é a Natália Oliveira.  Com vocês, as 7 coisas que Natália aprendeu e deseja compartilhar conosco:

14 de agosto de 2012

Oficina de Escrever Bonito, Antologias, concursos e prozines

V
ocê é um dos que reclamam que não acham um bom curso voltado para escritores em sua cidade?
Você gosta de escrever ficção especulativa, aquele gênero literário com situações ou seres, digamos, "além da realidade", e gostaria de receber uma excelente notícia?
Ou gosta de escrever poesias?
Ou escreve qualquer coisa, e está procurando um espaço para publicar seu trabalho?
Então, amigo ou amiga, este post é para você - curta as várias notícias a seguir!

Oficina de Escrever Bonito - por email!
A escrita é uma forma privilegiada de compartilhar belezas. E para que a gente faça justiça àquilo que compartilha, precisamos escrever bonito. Um belo texto é CLARO, bem DESENVOLVIDO, FORTE, TRANSCENDENTE, IMAGINATIVO, SONORO e bem FINALIZADO. Na Oficina de Escrever Bonito, realizada por e-mail e com duração de 8 semanas, você irá criar um texto e melhorá-lo em cada uma dessas CARACTERÍSTICAS. 
Ao final da oficina, você terá aprendido a escrever um texto bem escrito desde a ideia original até a versão final e poderá utilizar a mesma metodologia para produzir novos textos bonitos.
Ministrante: Eduardo Loureiro Jr., escritor com seis livros publicados, editor do site Crônica do Dia e doutor em Educação.
Mais informações no site da oficina.
“Palavras têm o poder de criar mundos e transformar pessoas. Use-as sempre com sabedoria"

7 de agosto de 2012

Dúvidas de Escritores: Por onde começar? Preciso registrar? Como divulgar? E outras dúvidas comuns...

Adicionar legenda
inalmente terminei o primeiro tratamento do livro paradidático que me foi encomendado! 
Foram três meses de intenso trabalho, onde pude exercitar vários dos conceitos que defendo aqui no blog, em especial o da importância do planejamento ao escrever um livro. Passei o primeiro mês e meio organizando o que iria escrever e realizando pesquisas a respeito, e quando efetivamente comecei a escrever, consegui manter uma média de aproximadamente 2.000 palavras por hora, e com pouco mais de uma hora de trabalho por dia terminei o livro com quinze dias de antecedência em relação ao prazo acordado com a editora.
Comemorações à parte, retornei hoje ao meu projeto original, um romance infanto-juvenil onde a média têm sido bem mais baixa, cerca de 800 palavras por dia - mas, ainda assim, uma média boa. O mais difícil é estabelecer a rotina de escrever todos os dias, o que tenho conseguido fazer nos últimos 5 meses.
É o que sempre digo: planeje o que fazer e persista no planejado, que os resultados logo aparecem!Mas neste primeiro post de retorno às atividades normais eu gostaria de apresentar uma bateria de perguntas frequentes, que sempre retornam nos comentários aqui do blog, com links para as respostas que já postei. 
Dê-me seis horas para cortar uma árvore, e passarei as primeiras quatro afiando meu machado
Abraham Lincoln, primeiro presidente americano e que (segundo o escritor Seth Grahame-Smith) também era caçador de vampiros, falando sobre a importância de planejar.
Vamos, então, a elas:

2 de agosto de 2012

7 coisas que aprendi, por Leonardo Barros

7 coisas que aprendi
Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!

Neste post, com a palavra, o escritor convidado Leonardo Barros.

24 de julho de 2012

Mais 2 concursos literários - e 7 coisas que aprendi, por Diego Schutt

omo falei anteriormente, estou trabalhando em um ritmo muito intenso para terminar um livro que, por força de uma data estipulada em edital, precisa ser terminado nos próximos 30 dias. 
Enquanto não termino, meus posts serão apenas os "essenciais" - como este, divulgando dois concursos cujas inscrições se encerram nas próximas semanas, e o novo post da série "7 coisas que aprendi" no blog parceiro do Escriba Encapuzado.
Enquanto isso, indiquem em seus comentários quais assuntos gostariam de ver com mais detalhes, que voltarei a eles assim que possível! 

Brasília é uma festa
Concurso nacional de contos, crônicas e poemas apoiado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC) do DF, para obras nestas três categorias com o tema "Brasília é uma festa".

Premiação: R$ 6 mil ao primeiro lugar, R$ 3 mil ao segundo e R$ 1.500,00 ao terceiro, para cada uma das três categorias, além de troféu, certificado e publicação das obras vencedoras em antologia.
Público-alvo: autores brasileiros que tenham RG e CPF.
Inscrições: Gratuitas, até 10 de agosto
Mais informações: http://www.brasiliaeumafesta.com.br/

III Concurso Cepe de Literatura Infantil e Juvenil
Promovido pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), este concurso premiará textos nas modalidades Infantil (destinados a leitores de seis a dez anos de idade) e Juvenil (para adolescentes entre 11 e 16 anos).

Premiação: R$ 8 mil para o primeiro colocado de cada categoria; R$ 5 mil para o segundo e R$ 3 mil para o terceiro
Público-alvo: brasileiros e estrangeiros legalizados, residentes no território nacional, de qualquer idade
Inscrições: Gratuitas, até 30 de agosto
Mais informações: site da Cepe

Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje.  Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!

Visitem o Escriba Encapuzado e descubram as sete coisas que o escritor Diego Schutt deseja compartilhar conosco!
* Projeto inspirado pela coluna “7 Things I’ve Learned So Far”, da revista Writer’s Digest.

Gostou?  este post!

19 de julho de 2012

7 coisas que aprendi, por Diogo Toledo

Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje.  Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!

Visitem o Escriba Encapuzado e descubram as sete coisas que o escritor Diogo Toledo deseja compartilhar conosco!

* Projeto inspirado pela coluna “7 Things I’ve Learned So Far”, da revista Writer’s Digest.

Gostou?  este post!

12 de julho de 2012

Arte x Técnica na produção de romances

A
migos!
          Estou saindo de férias, e para não deixá-los na mão seguem trechos de uma curta entrevista que dei a respeito de meu artigo que saiu na revista Conhecimento Prático - Literatura número 42.
         A revista ainda está nas bancas, aproveitem!

O artigo de Alexandre Lobão foi publicado na edição 42 da Revista Conhecimento Prático - Literatura. Intitulado "Técnica X Arte na Escrita dos Romances", o textoaborda o mito que existe na América Latina de que o escritor tem um dom e só escreve quando é inspirado por uma musa. "O verdadeiro escritor se assemelha muito mais a um ourives, que precisa sim de imaginação e inspiração, mas que trabalha sempre que necessário, e cujo trabalho tem tanto de técnica quanto de arte", defende o escritor.
 
Para Lobão, a maioria dos escritores nacionais são artesãos. "O que diferencia o 'artista' do 'artesão' é a sua formação acadêmica ou sistemática", diz. Ele explica que um artista plástico, por exemplo, pode investir anos estudando a figura humana, luz, sombra, perspectiva e outras técnicas. "Tendo técnicas e instintos à sua disposição, o artista simplesmente tem mais instrumentos para expressar sua arte, afirma.
        Na percepção do autor, muitos escritores acreditam que aprender técnicas de escrita pode de alguma forma travar sua arte, tirando a espontaneidade. Mas é justamente o contrário: a técnica aperfeiçoa a capacidade do escritor de expressar sua arte, avalia.
        Lobão destaca ainda que as poucas iniciativas recentes no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo para criação de cursos de graduação focados na formação de escritores ainda não conseguiram se firmar, nem ganhar reconhecimento do mercado. Esses cursos existem nos Estados Unidos e na Inglaterra desde a década de 50.
        "No Brasil, se você quer ser músico, pode frequentar curso superior de música. Da mesma forma, se deseja ser pintor ou ator, pode cursar graduação de artes plásticas ou de artes cênicas. Todos esses cursos ensinam técnicas para melhor capacitar o profissional dentro daquela arte. No entanto, não há tradição de procurar um ensino profissionalizante quando se quer ser escritor, resume Alexandre Lobão.
Sobre o autor
        Natural do Rio de Janeiro, Alexandre Lobão ingressou oficialmente na área literária em 1990, ao participar da primeira coletânea de contos do Sindicado dos Escritores do Distrito Federal. De lá para cá, tem produzido romances, livros infantis, infanto-juvenis  e livros técnicos, e participado de diversas coletâneas. Seus contos foram premiados no concurso "Monteiro Lobato", em 2004; no concurso "Machado de Assis" de 2006; e no concurso "FC do B", de contos de Ficção Científica nos anos de 2007, 2009 e 2011. Além de literatura, Alexandre produz roteiros para quadrinhos, desenhados por artistas de diversas partes do país, bem como roteiros para cinema e animação.  O escritor faz parte do Instituto Casa de Autores, ONG composta por autores de Brasília que objetiva incentivar a leitura e a melhoria da qualidade da literatura.