29 de janeiro de 2014

Curso da Fábrica de Textos em Brasília - Aproveitem!


A
migos!
Últimos dias para inscrições com descontos na turma do curso de escrita criativa da Fábrica de Textos em Brasília. O curso é ministrado por Sonia Belloto - escritora, editora e agente literária. Após o curso, até a finalização de seu livro, você manterá contato com Sonia Belloto, para orientação e leitura crítica.
Ementa do curso:
• Planejar seu livro
• Criar personagens inusitados
• Construir a sinopse de sua história, ou conteúdo, caso seja autoajuda ou técnico
• Definir as 12 etapas da jornada do herói, de Campbell
• Criar os núcleos de ação da história/conteúdo
• Construir diálogos interessantes/tópicos
• Criar cenas empolgantes/situações
• Criar uma trama emocionante/argumentos instigantes
• Lapidar o texto

Período: dias 07, 08 e 09 de fevereiro
Horáriosexta-feira - das 19h às 22hsábado – das 9h às 18hdomingo – das 9h às 17h
LocalHotel Meliá Brasil 21
SHS Quadra 06 Conjunto A Lote 01 Bloco F 1º andar Sala Goiás 1 - Brasília

Desconto de 10% para matrículas efetivadas até o dia 31/01.
Investimento (com desconto):
·         02 parcelas de R$ 315,00, totalizando R$ 630,00
·         À vista R$ 594,00

Mais informações:
Dayane Jesse - Coordenadora de Cursos Fábrica de Textos
dayane@fabricadetextos.com.br
Telefone: 11 4227-2122
www.fabricadetextos.com.br

Palavra de Profissional - Um mundo que se abre: novas e definitivas perspectivas

A
migos!
Estou iniciando uma nova série de posts, que resolvi batizar de "Palavra de Profissional" na falta de um nome menor ou mais imaginativo (se você tiver alguma boa sugestão, pode encaminhar!).
Palavra de ProfissionalA ideia desta série é divulgar o trabalho de alguns profissionais do mercado livreiro, explicando o que fazem e (quando for o caso) divulgando seus contatos. 
O objetivo aqui é repassar a autores iniciantes um pouco sobre cada um dos diversos papéis envolvidos na produção de um livro, desde revisores a editores, passando por capistas e ilustradores. Se você atua em qualquer destes papéis e deseja compartilhar conosco sua experiência, bastaentrar em contato comigo. 
A primeira participação é da Kyanja Lee, que lança uma luz sobre a muita vezes mal compreendida profissão de parecerista. E divirtam-se - esta é a melhor forma de aprender!

Um mundo que se abre: novas e definitivas perspectivas
“Parecerista? O que é isso? É uma profissão? Nunca ouvi esse termo antes. O que faz?”
Perguntas que eu mesma me fiz, antes de enveredar por esse caminho sem volta no mundo da literatura, ao qual adentrei há 6 anos.
“Leitor crítico”. Talvez esse termo lhe soe mais familiar? E “leitor beta”? Mais ainda?

Talvez seja interessante fazer uma retrospectiva e nos situarmos no cenário editorial de 6 anos atrás. Diferentemente de agora, em que há um boom de novos escritores nacionais (uma safra bastante significativa, que veio renovar o mercado editorial); de leitores ávidos e exigentes por novidades; além de blogs, portais, sites e jornais literários, não era possível dimensionar quem e quantos escreviam. Havia o Orkut, mas ainda não tinham estourado as incipientes redes sociais como o Facebook e o Twitter e muito menos o Skoob – que tem como objetivo unir leitores e servir como termômetro do que está sendo lido, avaliado, comentado e até quais livros são mais desejados ou estão presentes nas bibliotecas de cada leitor. “Quer elogios? Peça para sua mãe ler seu livro. Quer melhorar a qualidade do que escreve? Peça a um parecerista!”
     Opinião do Vida de Escritor
Mas retornemos ao ano de 2007, quando diante do desafio de fazer minhas primeiras avaliações em originais fui informada de que estava exercendo o trabalho de parecerista. De lá para cá, proliferaram também os leitores beta, que aliás sempre existiram, mas não com essa nomenclatura (quando você avalia e tece comentários sobre a redação ou algum texto − mesmo que pequeno − de algum amigo ou parente, está desempenhando o papel de um).
E qual a principal diferença entre um parecerista e um leitor beta? O comprometimento e o nível de envolvimento com o original. Salvo seja um leitor beta absolutamente crítico, este vai no máximo apontar que gostou ou não gostou da narrativa, que pontos achou mais interessantes ou arrastados, quais personagens estão mais ou menos verossímeis. Sem o ônus da remuneração pelo “serviço profissional”, o peso e a responsabilidade pela leitura é menor. (É lógico que há leitores beta que desempenham superbem essa função, mesmo não sendo remunerados monetariamente. Afinal, há outras fontes de troca, como a leitura recíproca dos respectivos originais, se ambos forem escritores.)
Já o parecerista, por ser contratado exclusivamente para essa função, deve enumerar todos os aspectos que julgar convenientes, passando desde pela linguagem empregada, até o perfil psicológico dos personagens − mas principalmente se há inconsistências ou furos na trama. E tudo por meio de um relatório bastante sedimentado.
Por mais solitária que seja a atividade de um escritor, este precisa se cercar de leitores que o leiam e lhe deem feedback, antes de seu original ser publicado. Quanto mais opiniões e leituras prévias, por diferentes leitores, melhor. Afinal, cada um tem um nível de compreensão, e a capacidade de interpretação de textos varia de pessoa para pessoa. Oxalá não venham os 5 leitores beta escalados para a leitura de seu original, mais o parecerista, dizer a você que a história está fraca ou que não compreenderam a motivação de seu personagem “x” para aquela tomada de decisão, hein?
Para arrematar essa breve história do início de minha trajetória, lembro-me como se fosse hoje do recebimento de meu primeiro arquivo digital, para realizar a leitura crítica em uma narrativa infantil. Não tinha mais do que 35, 40 páginas. Reunidos em torno da mesa da cozinha, fiz a leitura em voz alta para meus filhos, então todos crianças à época. Eles, assim como eu, curtiram bastante ouvir em primeira mão um original destinado ao mesmo público-alvo do qual faziam parte.

P.S.: Hoje em dia recebo originais os mais diversos − o maior deles contendo 180 mil palavras e mais de 400 páginas. Haja coragem e concentração para tamanha empreitada!

Sobre a autora:
Kyanja Lee é formada em Comunicação Social (Propaganda e Marketing) pela ESPM e tem especialização em Língua e Literatura Inglesa pela Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto). Participou de várias oficinas de produção de texto e contos.  Atua como parecerista (leitora crítica profissional), preparadora e revisora de originais desde 2007. Tem auxiliado novos autores, desenvolvendo relatórios de leitura crítica, editando, preparando ou revisando seus textos, para que possam ter mais chances de publicação. Saiba mais sobre ela, inclusive como entrar em contato, em http://www.KyanjaLee.com.br

E você, é autor ou trabalha no mercado livreiro? Compartilhe sua experiência e aproveite para divulgar seu trabalho!

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22 de janeiro de 2014

Nós, escritores brasileiros, paramos nos anos 70? ou "A grande mentira do Mostre, não Conte"


N
a esteira do crescimento econômico pós-guerra, nos Estados Unidos dos anos 50, apareceram diversos fenômenos como o baby-boom, a caça aos comunistas e os cursos graduação em Storytelling (que poderia ser traduzido livremente como "contação de estórias".  Estes últimos, obviamente, são os que nos interessam.
No Brasil, se você deseja se profissionalizar como pintor ou escultor, busca uma universidade ou um curso técnico de formação em Artes Plásticas.  Se você deseja ser músico, há uma universidade de Música, bem como cursos de graduação em Artes Cênicas para quem deseja ser ator ou atriz.  E se você deseja ser escritor? Não, não me fale em cursos de Letras, que tem obviamente seu valor, mas cujo objetivo nunca foi formar escritores! Estes cursos de Storytelling são justamente isso: formação acadêmica e profissional para quem deseja se tornar um escritor; com toda a bagagem que isso implica, desde a formação em história da literatura até técnicas de produção de textos, as mais variadas.  Desde então, lá se vão cerca de 60 anos de aperfeiçoamento destes cursos, e isto se reflete na qualidade de muitas obras internacionais de ficção, que dominam as vendas nas prateleiras das livrarias brasileiras.
E no Brasil?
No Brasil, as oficinas de criação literária começaram a aparecer a partir do fim da década de 1970, quando Raimundo Carrero voltou dos Estados Unidos e trouxe uma série de conceitos inéditos para os escritores daqui, ampliando horizontes de todos os alunos de suas excelentes oficinas.
Nos anos 80 e 90 a coisa foi se popularizando, e hoje toda grande cidade tem pelo menos um escritor que apresenta estas “oficinas”, algumas excepcionalmente boas, outras (eu sei, já vi, não adianta mentir...) sofríveis, cheias de clichês de auto-ajuda para escritores e com muito pouco conteúdo técnico, que possa realmente ser utilizado para profissionalizar a escrita.
Além disso, houve diversas iniciativas para criação de cursos de graduação para formação de escritores, algumas com sucesso, outras que infelizmente desapareceram no tempo.
“Eu digo f$%@-se o velho ditado 'Mostre, não conte'. Isso é chamado de CONTAÇÃO de estórias por uma razão, e vou me ater a ela!”
Ashly Lorenzana, escritora americana de livros adultos
Mas estou realizando digressões. O que queria falar hoje é justamente sobre o mantra "mostrar, não contar" que muitos de vocês já devem ter esbarrado em oficinas e palestras por aí.
O problema é que o “mostrar x contar”, que era um dos motes dos anos 70, uma “novidade” trazida à época para cá, tornou-se meramente uma frase de efeito, um clichê que foi tão repetido que perdeu seu significado original.

15 de janeiro de 2014

7 coisas que aprendi - com James McSill!

este post da série "7 Coisas que aprendi", temos o prazer de receber o incrível James McSill.

Se você não esteve em uma caverna nos últimos anos, já sabe que James McSill é coach literário, agente, palestrante, escritor... James é um dos poucos profissionais que transitam com a mesma desenvoltura pelos mercados editoriais anglo-saxão e brasileiro, e há poucos anos chegou ao Brasil como um furacão, ensinando técnicas para criação literária e dando insights para escritores, fazendo parceria com editoras e rapidamente estabelecendo para si uma reputação única no Brasil. Suas "chibatadas" ficaram famosas entre escritores, que contratam sua consultoria para ouvirem as verdades mais profundas sobre suas obras - doam a quem doer. E este tipo de conselho não tem preço!

A série "7 Coisas que aprendi" é uma iniciativa conjunta* dos blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, onde T.K. Pereira e eu, Alexandre Lobão, convidamos escritores e profissionais do mercado editorial para compartilharem suas experiências com os colegas da área, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 
Lembro que não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, se é ilustrador, editor, revisor ou estagiário de uma editora, só interessa a vontade de partilhar com os colegas de profissão.  Envie sua contribuição hoje mesmo!

Com vocês as palavras/chibatadas de James McSill, que nos envia "sete conselhos a partir da ótica de quem trabalha com que escreve ou quer escrever e vê que entre autores em geral, apenas um em cada cinco a dez mil consegue algum tipo de publicação comercial. Por que será?"

8 de janeiro de 2014

Metas para escritores em 2014 - pequeno manual de uso


Ano novo, vida nova.
A frase é obviamente um clichê, coisa que você deve evitar a todo custo em seus textos, mas nem por isso menos verdadeira.
Pensando racionalmente, o amanhecer do primeiro dia do ano é apenas mais em uma infinidade de amanheceres que a humanidade já vivenciou, e a tão falada "virada de ano" infelizmente (ou, quem sabe, felizmente) não tem nenhum efeito mágico sobre a realidade que enfrentamos (e desfrutamos) no dia anterior.
No entanto, é inegável que a cada início de ano somos levados pelo clima geral de renovação a repensar nossos rumos, definir novas metas, buscar novos horizontes físicos, virtuais, profissionais, mentais e/ou espirituais.
Classicamente, todo ano começo falando um pouco das minhas metas do ano anterior, aproveitando o blog para levar alguma reflexão sobre o que fiz e o que pretendo fazer, na expectativa de que isso anime cada um de vocês a fazer o mesmo: definir objetivos e rumos, e fazer planos para atingi-los.
Ano passado atingi muitas de minhas metas, e consegui coisas que nem tinha como divisar no início do ano.  2014 promete, com grandes expectativas de crescimento como escritor.
Este ano, no entanto, vou fazer um post diferente. Ao invés de falar de minhas metas passadas e futuras, vou falar um pouco sobre o processo de criar metas, que é essencial para que você efetivamente consiga atingi-las.
"Além das metas de realidade, defina metas de sonho: se as primeiras nos mantém vivos, as últimas é que fazem a vida valer a pena"
Nada complexo, mas como sempre acreditei que a verdade está nas coisas simples, até porque é mais fácil de mantê-las, acho que este é o caminho certo. Ou pelo menos um deles.  Vamos, então, às minhas dicas para que você defina suas metas deste ano, na área de escrita ou outra qualquer: