27 de outubro de 2015

Não percam, de 28 de outubro a 1 de novembro, a 7a Flipiri - nos vemos lá!


Amigos!

      Não percam, a partir de amanhã, a 7a edição da Flipiri, a Feira Literária de Pirenópolis!

     Estarei lá às 11h00 do sábado com a palestra "A Arte de Escrever Bem", e quem aparecer entre em contato para almoçarmos e conversarmos.

     Além disso, o programa da feira é recheado de estrelas, como a Marina Colasanti e o Afonso Romano de Sant'Anna, apenas para citar os mais conhecidos.

    Esperamos vocês lá!
     

22 de outubro de 2015

A responsabilidade social do escritor


Você é a Voz, tente entender isso. Faça ela soar alto e claro, porque nós não estamos aqui para sentar em silêncio ou viver com medo.

A frase faz parte da música “You’re the voice”, escrita por quatro diferentes compositores e cantada por John Farnham, que ganhou o prêmio de ‘single do ano’ da indústria fonográfica australiana de 1987.
Cada e-mail, cada parecer, cada livro que escrevemos carrega nossa voz... Como queremos que ela seja escutada?
 Certa vez fui abordado por uma escritora que falava que adorava escrever histórias mais adultas, mas que tinha vergonha de mostrar as histórias para seus filhos e sua mãe.
Como lidar com esta responsabilidade?
“Escreva o que o seu coração mandar... Mas não esqueça de equilibrar sua paixão com um pouco de razão!”
Não é só questão de lembrar que tudo o que escrevemos poderá ser lido por familiares. É importante pensar no impacto que a obra terá em todos os leitores, de todas as idades. Afinal, se o livro não é apropriado para ser lido por nossos filhos, será apropriado para ser lido pelos filhos dos outros?

É um ponto controverso. Mário Quintana já dizia que “Livros não mudam o mundo. Livros mudam pessoas, e as pessoas é que mudam o mundo”. E se tudo o que escrevemos pode ser um catalisador de mudanças, então devemos refrear nossa criatividade e só escrever “histórias socialmente responsáveis”?

Esta provavelmente foi a coluna com mais interrogações que já escrevi, e não é à toa: não há uma resposta correta, ou fácil, para esta questão.

A meu ver, todo escritor deve ter liberdade de escrever o que quiser. Só que mesmo obras despretensiosas, com foco apenas em diversão (talvez estas ainda mais que as outras), têm um grande potencial de sugerir comportamentos, de educar ou deseducar leitores. O escritor pode e deve escrever o que quiser, mas não se iludir sobre os efeitos que seu livro tem sobre os leitores.

Afinal, cada pessoa é uma Voz, mas uma voz que é lida por muitos sempre soa mais alto que as outras.

E você, o quanto acha que o escritor precisa se preocupar com os impactos de seu texto? Comente e compartilhe com os colegas escritores!

Gostou? este post!

7 de outubro de 2015

7 Coisas que Aprendi, com Zé Wellington

S
ete Coisas que aprendi é uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, onde T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores e outros profissionais do mercado livreiro e literário para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 
Sempre é bom lembrar que em maio deste ano lançamos um e-book com 61 contribuições de escritores e profissionais do mercado.  E estamos agora juntando contribuições para a próxima edição!  Então, se você é escritor iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, se é editor, capista, ilustrador, revisor, agente literário ou mesmo um leitor ávido com algo para compartilhar, não perca tempo e envie sua contribuição para esta série de artigos!
Aqui no Vida de Escritor esta série está um pouco devagar, por conta de motivos de força maior, totalmente além do meu controle. Felizmente, o amigo T.K. não deixa a bola cair, e nos últimos dois meses publicou cinco novas contribuições, confiram lá:
  • Cirilo S. Lemos, autor dos romances O Alienado, E de Extermínio (Ed. Draco) e de um punhado de outras histórias.
  • Luís Fernando Amâncio, autor de Contos de Autoajuda para Pessoas Excessivamente Otimistas, participante do projeto Digestivo Blogs,do Digestivo Cultural.
  • Ana Faria, autora de Um Ano Bom, poetisa, contista e educadora de Ensino Fundamental e Superior.
  • Rodrigo Mesquita é contista e está escrevendo o seu primeiro romance, uma ficção histórica brasileira.
  • Li Mendes, autora de O Amor está no Quarto ao Lado, Alma Gêmea por Acaso, Coração de Pelúcia, A Verdadeira Bela, O Mestre do Amor, além de diversos outros em formato digital, sendo colunista do blog Vida de Autor do Widbook.
E para não deixar a bola cair aqui no Vida de Escritor, trazemos a contribuição de Zé Wellington, escritor e roteirista de quadrinhos com um raro talento de transformar em ouro qualquer  história que escreve.
  1. Ignore todos os manuais e regras. Mas só depois de conhecê-los de cor.
  2. Os melhores feedbacks são os negativos. Mesmo que não concorde, pense a respeito. Quando recebê-los, não justifique: apenas agradeça.
  3. Ser escritor é 25% inspiração, 25% transpiração e 50% networking. Se quiser entender o mercado, precisa sair de casa e participar dele.
  4. A internet é a sua melhor amiga: use em abundância para se divulgar. A internet é a sua maior inimiga: desligue-a para trabalhar.
  5. Publique pelo menos uma vez de forma independente. Publique pelo menos uma vez através de editoras.
  6. Você é o que você come: escolha bem o que você vai consumir, tudo influencia no seu trabalho.
  7.  Se você nunca se deu bem com a língua portuguesa e a redação na escola, vai precisar resolver isso antes de começar a escrever. A história de que um revisor resolve tudo é balela. Nenhuma editora vai ler o seu original se o texto não estiver razoavelmente bem escrito. Nenhuma editora vai ler o seu original se seus e-mails e postagens no Facebook não estiverem razoavelmente bem escritos.
 Sobre o autor: Zé Wellington é escritor e roteirista, tendo participado de diversas coletâneas de contos e e de revistas especializadas em literatura fantástica e quadrinhos, tendo recentemente publicado as graphic novels Quem Matou João Ninguém e Steampunk Ladies, que tiveram excelente receptividade de crítica e de público. É colaborador e podcaster do site Iradex.net.

* Projeto inspirado pela coluna “7 Things I’ve Learned So Far”, da revista Writer’s Digest.

Veja a opinião de outros autores no  Vida de Escritor e no Escriba Encapuzado.
Até a semana que vem - e enquanto isso pensem em SUAS 7 coisas e enviem suas contribuições

Gostou?  este post!