15 de janeiro de 2014

7 coisas que aprendi - com James McSill!

este post da série "7 Coisas que aprendi", temos o prazer de receber o incrível James McSill.

Se você não esteve em uma caverna nos últimos anos, já sabe que James McSill é coach literário, agente, palestrante, escritor... James é um dos poucos profissionais que transitam com a mesma desenvoltura pelos mercados editoriais anglo-saxão e brasileiro, e há poucos anos chegou ao Brasil como um furacão, ensinando técnicas para criação literária e dando insights para escritores, fazendo parceria com editoras e rapidamente estabelecendo para si uma reputação única no Brasil. Suas "chibatadas" ficaram famosas entre escritores, que contratam sua consultoria para ouvirem as verdades mais profundas sobre suas obras - doam a quem doer. E este tipo de conselho não tem preço!

A série "7 Coisas que aprendi" é uma iniciativa conjunta* dos blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, onde T.K. Pereira e eu, Alexandre Lobão, convidamos escritores e profissionais do mercado editorial para compartilharem suas experiências com os colegas da área, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 
Lembro que não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, se é ilustrador, editor, revisor ou estagiário de uma editora, só interessa a vontade de partilhar com os colegas de profissão.  Envie sua contribuição hoje mesmo!

Com vocês as palavras/chibatadas de James McSill, que nos envia "sete conselhos a partir da ótica de quem trabalha com que escreve ou quer escrever e vê que entre autores em geral, apenas um em cada cinco a dez mil consegue algum tipo de publicação comercial. Por que será?"
  1. Seja autêntico. Escreva o melhor que puder dentro da sua capacidade. Dá-me um frio na barriga cada vez que me aparece um autor com um texto que não é dele fingindo que é. Ghost-writing em circunstância especiais e se muito bem feito não tem problema, mas GW só para ver o nome na capa de um livro é um ato de vaidade que expõe o “autor” ao ridículo.
  2. Se conseguir quem publique, fique agradecido. Vejo toda hora gente que tentou publicar durante anos, no momento em que consegue a editora vira um monstro, fazendo exigências que nem Dan Brown faria para publicar. Depois não entendem por que a editora caiu fora e ninguém mais quis aquele texto.
  3. Entenda o processo todo que leva da escrita à publicação. Tem gente que acha que editar é apenas acertar a grafia e pôr uma vírgula onde o autor se esqueceu.
  4. Se o texto não for profissional ainda, você AINDA não deve torná-lo público. O texto profissional, mesmo ‘mal escrito’, flui, é gostoso de ler. É feito comida, pode ser simples, mas tem que ser bem feitinha ou poderá dar dor de barriga. Escreva e reescreva, edite e reedite até ficar tinindo.
  5. Se o que você quer publicar mas o texto não tiver um valor agregado, isto é, ser algo significativo para alguém, possivelmente, mesmo que publicado, ninguém vai querer ler. Mesmo a literatura de puro entretenimento pede por ‘algo mais’.
  6. Networking (quem você conhece na ‘indústria do entretenimento, da formação ou da informação) é responsável por mais 80% dos autores publicados em países como o Brasil. Um autor desconhecido ou sem uma plataforma 'concreta e mensurável´, que saibamos que o levará a vender uma certa quantidade de exemplares, cada vez menos é um autor atraente para uma editora comercial – isto é, que investirá na publicação do texto.
  7. Evite a autopublicação. Sabemos de um ‘sucesso’ ou outro – grãos de areia nas praias em que morrem os autopublicados. No mercado mundial há cerca de um sucesso a cada nove MILHÔES de títulos. No Brasil, tivemos o caso do Paulo Coelho e do André Vianco que começaram autopublicando, num mercado que publica cerca de 22 mil títulos ao ano, dois em vinte anos (?). A possibilidade de você ser o próximo Coelho ou Vianco, garanto, é quase nula. É melhor escrever bonitinho e achar quem PAGUE para publicar você ou, por que não, com toda a dignidade do mundo, fazer outra coisa da vida! Dar murro em ponta de faca, como dizem os gaúchos, é pura bobagem. De repente, pintar, dançar ou cantar é a sua praia!
Quem é James McSill:
James McSill é fundador e diretor executivo da McSill Ltd, Assessoramento Literário, Londres; Yorkshire Studio, Mentoring, Coaching e Treinamentos à distância para autores e da McSill Agency. É um dos consultores literários mais bem-sucedidos do mundo; seu trabalho abrange Europa, América Latina e América do Norte. É reconhecido por suas atividades pioneiras na indústria do livro. Saiba mais sobre James, sua agência literária, seus eventos e projetos em http://www.mcsill.com 
* Projeto inspirado pela coluna “7 Things I’ve Learned So Far”, da revista Writer’s Digest.
Veja a opinião de outros autores no  Vida de Escritor e no Escriba Encapuzado.

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