30 de maio de 2014

Premissa, livros com continuação, curso universitários para escritores e mais outras dúvidas...


S
abe aquela duvidazinha que fica ali, incomodando, e você não sabe para quem perguntar?
Seus problemas acabaram!  Envie suas dúvidas para o Vida de Escritor, por email ou comentando aqui no blog, e terei prazer em responder - e ainda mais prazer em descobrir a resposta, caso eu não saiba!
Vamos, então, a mais uma compilação de perguntas e respostas neste post da série Dúvidas de Escritor.

Pergunta: A premissa atrairia leitores do mesmo jeito se fossem deixadas lacunas ao invés de perguntas?  (Sobre o post: Primeirascoisas primeiro: por onde começar a escrever um romance?)
Resposta: A premissa é escrita para o escritor, TEORICAMENTE ninguém vai vê-la, então não deixe lacunas. O objetivo dela é ajudar você a organizar as ideias, ou melhor, estruturar sua ideia melhor antes de começar a escrever seu livro.
É claro que, a partir da premissa, você pode criar perguntas instigantes para os leitores; aí sim as lacunas são bem-vindas. As "chamadas" para o livro devem sempre despertar curiosidade, nunca entregar o outro ao bandido, ou, no caso, o final ao leitor! :)
Pergunta: Será que o fato de meu primeiro livro ter uma continuação pode dificultar a publicação por uma editora?
Resposta: Na verdade, um livro com continuação pode até ajudar a venda para uma editora, pois s eo primeiro vender bem, já há a expectativa de um segundo.
Agora, o final primeiro livro não pode ser aberto demais, a história precisa ter uma conclusão bem feita, ainda que deixando a porta aberta para um segundo round...
Pergunta: O que acontece se eu chegar a um ponto do livro que não saiba como continuar?
Resposta: Minha dica é bem simples: só comece a escrever um livro se você souber como ele vai terminar!

Pergunta: Como você soube que queria seguir essa profissão de escritor?

Resposta:  Não foi nada de repente, nem nada do tipo “nasci sabendo”.  Sempre gostei muito de ler, e em torno dos 12 ou 14 anos tive uma ideia para uma história que achei legal,  e a escrevi.  Aos quinze anos, já tinha algumas histórias escritas e pedi (e ganhei) uma máquina de escrever de presente, e comecei a escrever nela, só de brincadeira.  Continuei escrevendo e guardando meus escritos, eventualmente mostrando para um ou outro amigo, até que um escritor (o Ronaldo Cagiano) amigo meu convenceu-me a reunir os melhor e publicar em um livro – foi quando saiu “A Caixa de Pandora e outras histórias”, uns 15 anos depois de eu ter escrito minha primeira história!  Ter um livro seu em mãos é mágico, então depois do primeiro não consegui parar.
Pergunta: Penso que enviar edições do seu livro para blogs literários conhecidos pode ser bom.
Resposta:
Com certeza. Algumas editoras, inclusive, adotam esta prática: levantam quais blogs que comentam livros parecidos com o livro a ser lançado que tem mais visitas, e enviam os livros (gratuitamente, é claro) para serem comentados.
Tendo verba, a ideia é sempre bem-vinda; é só não esquecer o passo anterior: dar uma pesquisada para saber se o blog tem muitos seguidores; como enviar um livro custa tempo e dinheiro, o ideal é enviar apenas para aqueles que vão dar maior visibilidade ao livro.


Pergunta: E como você vez com questão da língua portuguesa , porque acho que para um escritor escrever ele deve saber e conhecer bem o idioma em que está escrevendo aí vem todo aquele processo da gramática e tal , você fez faculdade de Letras e ou outra coisa que te ajudou com essa questão ?
Resposta:  Escrever corretamente é uma arte totalmente diferente de saber contar histórias.  Há escritores, mesmo famosos, que não sabem escrever corretamente; e independente do quão correto você escreva, sempre pode contar com a ajuda de revisores.  Agora: um escritor precisa dominar as ferramentas de seu trabalho, então ele precisa saber escrever corretamente, ou então precisa sempre ter um revisor que corrija seus trabalhos antes de enviar a uma editora ou divulgar seu trabalho; sem isso suas chances de ser publicado ou de cativar os leitores diminuem muito.  Quanto às universidades; nos Estados Unidos e Inglaterra há inúmeras universidades de storytelling, “contar histórias”, que são coisas totalmente diferentes das universidades de Letras.  No Brasil, que eu saiba, só há três universidades que dão estes cursos: um na PUC-Rio, PUC-RS e um na Vera-Cruz:




Obviamente, muito você aprende simplesmente lendo, lendo muito, e algo mais você aprende com livros sobre técnicas de escrita e em oficinas de escrita criativa.  Não é necessário cursar uma universidade para saber escrever um livro, e simplesmente cursar uma não vai te dar esta habilidade.  Como quase tudo na vida, só há uma forma de você verdadeiramente aprender a escrever: escrevendo!

Pergunta: Qual é a sensação de pode escrever sabendo que pessoas vão ler e viajar no mundo da imaginação com suas histórias?
Resposta:  É muito bom!  Hehehehe... Mas falando sério: quando escrevo não penso em quem vai ler.  Pode parecer meio egoísta, mas escrevo para mim.  Escrevo porque tive uma ideia muito boa para um livro que ninguém escreveu ainda, e fico com vontade de ler este livro, por isto, é inevitável escrevê-lo!  


E você, há algo que gostaria de saber sobre o processo de criação de um livro, o mercado livreiro ou algo nesta linha? Pode perguntar!

Gostou?  este post!

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